Câncer: conheça os 5 tipos mais comuns no Brasil

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Tumores de Pele, Pulmão, Próstata, Mama e Intestino lideram o ranking de mais incidentes entre os brasileiros; Especialista alerta para riscos do sedentarismo e outros hábitos de vida pouco saudáveis como fatores evitáveis ligados ao aparecimento de tumores

Consumo excessivo de industrializados, bebidas alcoólicas, obesidade, tabagismo e não praticar exercícios físicos são fatores de risco no surgimento de câncer. Contudo, dentro do cenário da pandemia, os maus hábitos impactam ainda mais nos diagnósticos – a estimativa é que haja 625 mil casos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2020-2022, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Para a Dra. Andrea Borges, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, será necessário encarar os desafios para reverter a situação. “A pandemia de fato impactou na saúde da população geral. Por isso, é muito importante transmitir informações de qualidade, oferecer ajuda e acolher o paciente em um momento tão delicado. Só assim podemos mudar esse cenário e frear as estatísticas”, comenta.

Segundo as projeções do relatório Globocan 2020, divulgado pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, a tendência é de que haja um aumento nos casos da doença nos próximos anos. Em 2040, é estimado um crescimento de quase 50% em comparação ao cenário atual, resultado algo em torno de 28.4 milhões de novos diagnósticos.

Abaixo, a Dra Andrea Borges explica sobre os 5 tipos mais comuns de câncer no Brasil:

Câncer de pele (não-melanoma)

Considerado o tipo de câncer mais comum no país, a doença ultrapassa a marca de 185 mil novos casos todos os anos e representa cerca de 33% dos tumores malignos registrados. Dentre os sintomas, a oncologista recomenda ficar atento em: “pintas, sinais ou manchas com contorno irregular, lesões com cores diferentes e que aumentem ao longo do tempo”.

De modo geral, vale lembrar que as lesões podem aparecer com mais frequência nas áreas expostas ao sol, como face, couro cabeludo, pescoço, costas, ombros, entre outros. Felizmente, o câncer de pele possui altas chances de cura, principalmente se descoberto precocemente. Por isso, a melhor maneira é apostar nas formas de prevenção, como a aplicação do protetor solar, usar acessórios com fator de proteção, além de evitar exposição excessiva ao sol, principalmente entre 10h e 16h.

Câncer de pulmão

Dentre as causas evitáveis da doença, o tabagismo e seus derivados lideram com a representação de 90% de todos os casos de câncer de pulmão no mundo e aumenta em 20 vezes o surgimento do câncer. O risco aumenta quanto maior a intensidade e duração da sua exposição, e vale ressaltar que o tabagismo passivo é também um grande vilão e deve ser evitado. O INCA aponta ainda que entre o triênio 2020-2022 sejam diagnosticados 30.200 casos a cada ano.

Os principais sintomas do câncer de pulmão estão relacionados ao próprio aparelho respiratório, como tosse, falta de ar e dor no peito. Dentre os tipos da doença, o mais comum no Brasil e no mundo é o adenocarcinoma, atingindo 40% dos pacientes. Segundo a especialista da Oncoclínicas em São Paulo, não se expor ao consumo de tabaco ou parar de fumar o quanto antes é a maneira mais eficaz de prevenir não só o câncer, mas também doenças cardiovasculares, e outros tumores.

Câncer de próstata

Considerado o câncer mais comum no público masculino, a doença atinge, principalmente, homens acima de 50 anos. De acordo com o INCA, o câncer de próstata mata um paciente a cada 38 minutos, reforçando ainda mais a importância do diagnóstico precoce para evitar o cenário. Aqueles que merecem uma atenção maior para realizar um rastreio mais ativo são, principalmente, os homens que possuem alguns desses fatores de risco: casos de câncer de próstata em familiares de 1º grau abaixo dos 60 anos, sedentarismo e excesso de peso.

Durante o estágio inicial da doença e até mesmo em fases mais avançadas, o câncer de próstata costuma ser assintomático. No entanto, os sinais da doença podem ser bastante semelhantes ao crescimento benigno da próstata. Por isso, uma avaliação com o especialista é fundamental para o diagnóstico correto.

Quando há a presença de sintomas, é possível notar: dificuldade para urinar, gotejamento final alongado, dor ou ardor para urinar, aumento da frequência urinária de dia ou à noite. Já nos casos mais avançados, vale ficar de olho em sangramento na urina ou no esperma, dor óssea (principalmente nas costas), retenção urinária, podendo chegar até a insuficiência renal.

Câncer de mama

Considerado o principal tipo de câncer entre as mulheres, durante o triênio 2020-2022 são estimados 66.280 novos casos da doença a cada ano, segundo o INCA. Felizmente, quando a neoplasia é descoberta precocemente, as chances de cura são elevadas acima de 95% com o tratamento.

Como forma de detecção precoce, é muito importante que os exames de rotina, especialmente a mamografia a partir dos 40 anos, sejam feitos anualmente, ou antes caso a mulher se encaixe naquelas com fatores de alto risco. Realizar o exame de toque nas mamas com frequência, fazendo movimentos circulares durante o banho, também é uma medida complementar para que a mulher esteja mais consciente das características do seu corpo e esteja mais apta a identificar possíveis alterações.

“Em estágio inicial, a doença pode ser assintomática, por isso os exames de imagem são grandes aliados para que seja possível identificar um possível tumor ainda pequeno e, portanto, não palpável. Todavia, em caso de alterações já perceptíveis, é necessário ficar de olho se há: alteração da forma ou do tamanho da mama e bico do peito, saída de secreção pelo mamilo, nódulo na axila, espessamento e retração da pele da mama ou do mamilo, além de vermelhidão e dor”, explica Andrea Borges.

Quanto aos fatores de risco, é importante considerar a idade entre 40 e 69 anos, histórico familiar oncológico em parentes de primeiro grau (principalmente, mama e ovário), menstruação precoce, menopausa tardia, reposição hormonal, ausência de gestação, sedentarismo, obesidade, excesso de consumo de bebida alcoólica, e mutação de genética especialmente no genes BRCA 1 e 2.

Câncer de intestino

O câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon e reto, é o 5º mais prevalente no Brasil, representando 40.990 diagnósticos a cada ano entre o triênio 2020-2022, segundo o INCA. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19 novos casos para cada 100 mil pessoas.

Pode atingir na mesma proporção homens e mulheres, principalmente acima dos 50 anos, e tem como fator de risco o consumo excessivo de álcool, alimentos industrializados, obesidade, sedentarismo, tabagismo, além de pouca ingesta de alimentos mais saudáveis como frutas, legumes e vegetais, mas também devido a um histórico familiar oncológico.

Os sinais de alerta dependem muito do local inicial do tumor, mas podem vir através de sangramento intestinal, anemia repentina, sensação de cólicas abdominais, mudança do formato das fezes e do hábito intestinal, emagrecimento, entre outros.

Como forma de prevenção, é importante investir em hábitos mais saudáveis, como uma alimentação equilibrada e prática de atividades físicas. É indicado que toda a população realize a colonoscopia a partir dos 50 anos, mesmo que assintomático. Quanto à sua periodicidade, irá depender muito do resultado do exame e da história familiar do paciente.

Conscientização sobre riscos evitáveis

Apesar dos notórios avanços médicos-científicos para o tratamento de tumores malignos, é preciso estar alerta para a prevenção aos riscos evitáveis relacionados ao câncer, bem como a importância do diagnóstico da doença em fase inicial – o que eleva as chances de cura em torno de 90% dos casos.

“O câncer tende a ter uma evolução nos números nos próximos anos, em especial pelo aumento da longevidade e impactos de hábitos de vida nocivos à saúde entre a população, potencialmente se tornando em menos de duas décadas a maior causa de morte no mundo – superando as doenças cardiovasculares. Por isso, devemos colocar em prática medidas que são fundamentais para a saúde e prevenção da condição. Esse cuidado impacta diretamente nas estatísticas e pode frear índices, além de trazer mais qualidade de vida e o bem estar geral da população”, enfatiza Dra. Andrea Borges.

A afirmação da médica é reforçada por dados da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, sigla do inglês), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS) que estima os efeitos que afetam diretamente os cuidados oncológicos. Segundo ela, o número total de novos casos de câncer quase dobrou nos últimos 20 anos, saltando de 10 milhões estimados em 2000 para 19.3 milhões em 2020. Além disso, em todo o mundo, um total de mais de 50 milhões de pessoas compõem o contingente de pacientes que vivem os chamados cinco anos de prevalência do câncer atualmente.

As projeções do relatório Globocan 2020, divulgado pela entidade no ano passado, indicam ainda que nos próximos anos há uma tendência de elevação dos índices de detecção do câncer, chegando ao patamar de quase 50% a mais em 2040 em comparação ao cenário atual, quando o mundo deve então registrar algo em torno de 28.4 milhões de novos casos de câncer. Isso significa que a cada cinco pessoas, uma terá câncer em alguma fase da vida. Nos países mais pobres, a incidência da doença deve ter um crescimento superior a 80%.

O número de mortes por câncer, por sua vez, subiu de 6,2 milhões em 2000 para 10 milhões em 2020 – uma equação que aponta que a cada seis mortes no mundo uma acontece em decorrência do câncer. E a tendência é que haja aumento nesse triste ranking, já que a OMS também indica que apesar de ainda não ter dados consolidados, a pandemia trará como consequência mais casos de pacientes com câncer em estágio avançado por conta dos atrasos na descoberta e tratamentos de tumores malignos diante de toda a crise da saúde desencadeada pela Covid-19.

Sobre a Oncoclínicas

Fundado em 2010, o Grupo Oncoclínicas (ONCO3) é a maior instituição privada no mercado de oncologia clínica do Brasil em faturamento. A Oncoclínicas conta com 91 unidades, entre clínicas, laboratórios de genômica, anatomia patológica e centros integrados de tratamento de câncer, estrategicamente localizadas em 25 cidades brasileiras. Desde sua fundação, passou por um processo de expansão com o propósito de se tornar referência em tratamentos oncológicos em todas as regiões em que atua.

O corpo clínico da Companhia é composto por mais de 1.000 médicos especialistas com ênfase em oncologia, além das equipes multidisciplinares de apoio, que são responsáveis pela linha de cuidado integral no combate ao câncer. A Oncoclínicas tem parceria exclusiva no Brasil com o Dana-Farber Cancer Institute, um dos mais renomados centros de pesquisa e tratamento do câncer no mundo, afiliado à Harvard Medical School, em Boston, EUA.

Para obter mais informações, visite o site.

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